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Tudo o que se sabe sobre as manchas de óleo nas praias do nordeste

  • Minha Sereia
  • 23 de out. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 31 de out. de 2019

Por: Matheus Tenório


Reprodução/IMA
Reprodução/IMA

Mais uma para conta! A luta contra as manchas de petróleo mostra, mais uma vez, o ímpeto do Nordeste e dos nordestinos. Só nas praias de Alagoas foram tirados mais de 400 toneladas do produto. O volume é equivalente a mesma quantidade de carros populares de modelo FIAT Uno espalhados por todo o estado.


Além disso, o que impressiona também é a força de vontade dos voluntários para retirada do óleo nos mais de 100 locais afetados da região nordestina, que utilizam meios como máscaras, luvas, pás e até as próprias mãos para fazer o trabalho, que passou a ser divulgado em redes sociais como o Twitter através da hashtag #SOSNordeste.


Essa luta se junta as demais batalhas de um povo sofrido, que carece de saneamento básico, educação e oportunidades dignas para demonstrar suas qualidades que vão além das belezas naturais.


Quando e como começou?


As manchas de óleo começaram a aparecer a partir do dia 30 de agosto, no estado da Paraíba. Logo depois, em mais outros estados do Nordeste, como Piauí, Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Maranhão. Em Alagoas, o petróleo cru apareceu na primeira semana de setembro.


O problema, que ninguém sabe a sua origem, tem afetado o turismo, comunidades, a economia e o ecossistema. Órgãos do governo seguem investigando a causa e procuram algum “culpado”.


Monitoramento e muito trabalho...


Em um dos boletins mais recentes sobre as manchas de óleo, o Instituto do Meio Ambiente do estado (IMA-AL) diz que as praias mais afetadas no #litoral alagoano são as de Maragogi e Japaratinga.


Um mutirão de limpeza foi formado pela Defesa Civil do Estado, Ibama, Capitania dos Portos, IMA e Semarh, com participação de reeducandos do sistema prisional, voluntários e pessoas contratadas pela gestão dos municípios para a limpeza nesses locais.


Além destes municípios, as atividades de limpeza também passaram pela Barra de Santo Antônio e Barra de São Miguel através de uma convocação nas redes sociais do Instituto do Meio Ambiente em busca de voluntários.


Vida marinha


Os animais que, além de lutar contra toda poluição, têm que sobreviver a mais essa avalanche. Eles são encontrados, dia após dia, banhados pela mancha preta – sejam mortos ou ainda agonizando, sem conseguir respirar.


Nos últimos dias, o Instituto Biota de Conservação já atendeu 13 animais banhados de óleo na costa alagoana, sendo: nove tartarugas, três aves e um golfinho. Ainda não se sabe se os animais foram mortos devido ao petróleo.


Umas das cenas mais marcantes registradas pela equipe do Instituto foram a de uma ave e uma tartaruga encontradas completamente banhadas de petróleo; a primeira em Maragogi e a outra em Pontal de Coruripe. Esses casos têm ganhado repercussão na mídia local e na internet.

Os animais que conseguem sobreviver são levados para o “Centro de Despetrolização”, em Aracaju (SE), após os primeiros cuidados do Biota.


Divulgação/Biota
Divulgação/Biota

O que fazer?


O contato com o óleo pode causar irritação nos olhos, pele e mucosas. Além da possibilidade de surgir complicações em caso de consumo de animais contaminados, como náuseas, vômitos e gastroenterite (inflamação no estômago e intestino).


A recomendação é lavar a pele com água e sabão neutro em abundância. Caso o produto tenha atingido os olhos, eles devem ser lavados com soro fisiológico.


A pessoa que manteve contato com o petróleo deve procurar um médico, já que o contato prolongado também pode causar alterações no perfil hematológico e na função hepática ou danos genotóxicos (alterações no DNA).


 
 
 

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